Nos dias 24 e 25 de junho, foi realizado em Oeiras um importante evento voltado à difusão do cultivo do cacau a pleno sol, tecnologia que surge como alternativa promissora para os agricultores familiares da região do semiárido. A iniciativa foi promovida pelo Centro Educacional São Francisco de Assis (CEFAS), com apoio da Fundação Dom Edilberto Dinkelborg, em parceira com Cooper Cacau Mil.
O primeiro dia do encontro (24), aconteceu no auditório do ECC, no bairro Oeiras Nova, e foi marcado pela etapa teórica, com palestras e rodas de conversa sobre o potencial produtivo e sustentável do cacau adaptado ao semiárido. Já no dia 25 (quarta-feira), a programação teve continuidade com a parte prática, que consistiu no plantio de 35 mudas de cacau em uma área irrigada por sistema de aspersão, na sede da escola família agrícola - EFADE IV, localizada na comunidade Caldeirão, zona rural do município.
O presidente da Cooper Cacau Mil, Luiz Alberto, destacou a importância do momento para disseminar conhecimento e incentivar os pequenos produtores:
“Estamos realizando esse evento com o propósito de promover e difundir o conhecimento a respeito do cacau a pleno sol. É uma tecnologia que estamos levando para a região, pensando especialmente nos pequenos produtores e na agricultura familiar”, afirmou.
A área onde foi feito o plantio recebeu o nome de "Pomar do Cacau João Nunes", em homenagem ao ex-promotor de justiça e ex-prefeito de Oeiras ("In memoriam"), reconhecido por sua contribuição ao desenvolvimento local.
Grande incentivador da iniciativa, o Padre João de Deus acompanhou cada momento e se destacou como motivador do processo, reforçando a crença de que é possível buscar novas alternativas de produção que favoreçam o fortalecimento da agricultura regional, com base na sustentabilidade e no protagonismo das famílias agricultoras do semiárido.
O evento reforçou o compromisso das entidades envolvidas com o desenvolvimento rural, a formação de jovens e agricultores e a construção de caminhos produtivos viáveis para o semiárido piauiense.
Por Claudevândio Macedo
